Acerca de mim

Lousada, Porto, Portugal
Pudesse faze-lo e mudaria a minha forma de ser, mas nunca a minha forma de pensar. Mudaria sim a forma de sentir as palavras, os gestos, e principalmente, o silencio...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Perdida


Mergulho na imensidão dos meus sentidos e enveredo por um traçado que não conheço.

Estou perdida de mim.

Procuro-me por entre as palavras que me ditam, os sonhos que me desenham no mapa da minha vida.

Sou extremo de loucura por entre os devaneios da minha mente.

Sou.

Simplesmente.

Sigo pelo rio da vida, pelos desígnios de um Deus sem face, a quem chamo na escuridão, a quem entrego pensamentos, desejos, dúvidas, medos... Na esperança de que me construa, pouco a pouco, neste novo mundo que me abarca, neste novo rumo que designei...

domingo, 12 de outubro de 2008

Em mim


Imagina... o toque que te ultrapassa no espaço e nas palavras.

Imagina... a dança dos nossos corpos na sombra da chama que nos aquece.

Imagina... o som que te percorre a alma numa desalinhada caminhada.

Imagina... a cor da minha felicidade, a cor do nosso enlace.

Imagina... a textura da minha voz no teu corpo, o calor do meu desejo em cada pormenor da tua face.

Concretiza as palavras que te desenho na palma da mão, os sonhos que te entrego a cada olhar que te dirijo.

Concretiza-me no tempo que não paralisa, no mundo que não pára...

Abraça os neus medos, seca as minhas lágrimas, fortalece-me.

Ensina-me a levantar o olhar, o corpo, a alma...

Imagina.

Concretiza.

Ensina-me.

Ama-me.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Momento

No espaço da rua, permanece o som dos teus passos, e nas pedras da calçada a cor dos teus movimentos.
Provaste o sabor das minhas lágrimas num abraço que se imortaliza no toque suave e delicado da protecção que me ofereces.
E apaziguaste a minha alma, amparaste os meus passos.
E é como se tudo se dispersasse ao olhar, numa superfície plana e fria, onde se extinguem sonhos e promessas, onde se reclamam palavras e actos, onde não somos o que queremos, mas sim o querem que sejamos…
Enquanto renasço, por entre os espaços do teu abraço, caminho, contigo a meu lado, por uma estrada, para me perder de mim, talvez, mas para me encontrar em nós.
E por entre todas as trajectórias que se apresentam, desenhe-se a que desejamos, a que verdadeiramente ansiamos.
Seguraste a minha mão, no desenho dessa trajectória.
Aperfeiçoas – te – a.
Aperfeiçoas – te – me.
Aperfeiçoas – me.
Em todas as palavras que trocamos, em todos os murmúrios que originamos, somos o amor, a amizade, a segurança, a compreensão, o medo, a angústia…
Somos, um no outro, sem deixar de o ser em nós próprios, no nosso mundo…

sábado, 14 de junho de 2008

Tu


Nos espaços que nos separam, preenchidos com o vazio das palavras, erguemos uma barreira que nos cega e sufoca…
Menosprezamos os olhares, as palavras, o toque que já não praticamos, mas que ainda possuímos…
Empurramos as promessas para o abismo que nos separa.
Fomos Sol e Lua.
Fomos fogo e gelo…
Fomos um milhão de coisas distintas, mas continuamos a sê-lo um para o outro. Concretizamos desejos, percorremos silêncios… juntos.
Na distância que se acomodou entre o primeiro momento e aquele que vivemos hoje, passaram lágrimas, sorrisos, angústias, felicidade, sonhos… comuns.
Aproximamo-nos, entregamo-nos, com o jeito de quem ama o infinito, e para ele se lança.
Conheci-me em ti, nos pormenores da tua pele, no contorno dos teus lábios, na palma da tua mão.
Conheço-me, em cada palavra que silencias, em cada gesto que conténs…
Pertenço-te, tal como me pertencem todas as memórias que me ofereceste, tal como me pertence o sorriso que esconde as palavras que teimam em não sair.
Completamo-nos…
Completemo-nos… cumprindo as promessas que ditamos, percorrendo os caminhos que já caminhamos… desvendando o amor que ainda nos une.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Desafio

Hoje venho responder a um desfio que me foi proposto por "Å®t Øf £övë ". O desafio consiste em referir 6 aspectos, coisas que odeie... Pessoalmente, este sentimento de odiar, nao me agrada muito... ódio, tal como odiar, é uma palavra demasiado forte, que, por vezes, usamos simplesmente com a intençao de magoar...
No entanto, vou aceitar o desafio! Cá vai:

Odeio:

Pessoas que nao são frontais: que vagueiam nas palavras, com a intençao de "florir" o cenário que nos querem transmitir, quando, na verdade, nao há forma mais fácil e segura, que dizer directamente o que pretendem;

A má educação: que leva as pessoas a serem arrogantes, e, acima de tudo, que nos fazem, por vezes, sentir a mais insignificante pessoa à face da Terra!

O ciúme: que corrompe as relaçoes, abala a confiança, e põe em causa tudo o que se disse ou se fez!

A indiferença
: que vai para além do ódio, que magoa muito mais que o ódio.

Jornais desportivos: que só servem para prender a atenção, e que, no fundo, nao falam em nada de realmente importante!

A solidão: simplesmente.


Espero ter correspondido às expectativas, e agradeço este convite!
Assim, deixo este desafio a mais seis pessoas...

O Profeta
Cöllyßry
EDUARDO
luar perdido
lua prateada
Suave Toque

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Espero por...

Movo-me lentamente por entre os destroços de um sonho que parece ter se acabado. Espero, pacientemente, que a realidade caia sobre mim.
Fraquejo.
Encontro me perdida nas palavras que me dirigiste, debruçada sobre as promessas que me fizeste. Moldei sonhos, palavras, actos, momentos.
Agora… nada disso parece mais existir.
Permaneço, sobre a ténue linha que separa o desespero da loucura. Permaneço no espaço da dor. E espero me venhas resgatar do mundo para onde fui transportada. Espero.
Por ti.
Pelas tuas mãos envolvendo o meu corpo, pelo teu olhar acalmando a minha alma. Espero que me venhas oferecer os teus beijos no meu rosto molhado.
Espero… que permaneças no mundo.

sábado, 10 de maio de 2008

"Aqui"

Percorro com as pontas dos meus dedos, a fragilidade da tua pele.
Levemente, esboço feições, sonhos e medos nesse teu espaço, que oscila entre a segurança do que possuis, aqui, e agora, e a certeza do que anseias num tempo que ainda não habitas, mas que desenhas no pensamento, com a determinação de quem define o que sente e controla o que sucede.
Docemente, sorris. No teu sorriso cabem as palavras os gestos, as lágrimas, o arrependimento, as desilusões, o carinho… o amor. O imenso amor!
Guardas na palma da tua mão os abraços que compartilhamos, os beijos que despertaram desejos, e o segredo do olhar que me lanças, e me neutraliza, num tempo que contempla a eternidade do que somos e fazemos.
Concentras as palavras e as acções, com a sabedoria de um mestre.
Unes a tua mão à minha. Fundimo-nos. Mergulho no teu corpo imenso de doçura, prendo-me nos teus braços e, no tráfego dos meus pensamentos, surgem os medos que me assombram. Estás aqui comigo?
Aprisiona-me no calor do teu corpo, na suavidade da tua pele… E permanece em mim no tempo que nos procede.
Hoje. Amanhã. Sempre.

domingo, 20 de abril de 2008

Ausência

Carrego na alma a realidade da tua ausência. Aperto contra o peito a imagem da tua presença, num espaço que se transformou...de novo. Percorro as memórias, não distantes, dos sorrisos que tão generosamente ofereces. Partiste outra vez... sem mim. Levas contigo o vazio da distância e a angústia que, por mais que lutes, não acaba. Deixas o teu cheiro e a tua presença no espaço que vou preservar intacto, e que vou guardar, onde ninguém alcance, onde ninguém modifique. Aprisionar-te-ia em meus braços, se a vida,mesmo que mergulhada no seu caracteristico egoísmo, assim o consentisse. Enquando voas para longe de mim, desenho palavras que desejo que lesses, imagino abraços que desejo sentir... e sinto as lágrimas percorrerem a face que desperta, perante o teu olhar.

sexta-feira, 21 de março de 2008

"Busca"

"Busco em mim significados. Busco em mim razões. Não busco sonhos em mim, apenas os construo, passo a passo, momento a momento. Sou elemento perdido, desligado das palavras que os outros pronunciam, num espaço que eu não alcanço."

Em nós...


Vagueia por entre os espaços que preenchem o tempo.
Nasce veloz e eficazmente.
Guia os movimentos, e molda as palavras numa dança que destrói a beleza do silêncio, cerra as barreiras que nos dividem. Ódio.
Envolve corpo e alma numa sintonia que se entranha tao docemente... Paira no som que nos completa, encaminha e designa. Chama a si a palavra simples, o beijo rápido, o toque profundo... de uma realidade que completa e apazigua. Paz.
Chama o sorriso no silencio de um olhar, e no silencio do olhar, revela o guerreiro que se encontra camuflado. Mostra a alma, a grandeza e dureza de cada batalha. Na vitória que tao intensamente sente, desenha, para a eternidade, o contorno da face que rejubila. Felicidade.
Solta a voz e os movimentos. encoraja palavras e actos. Move o corpo, sem pressa ou rota traçada. Transforma, sem certezas ou permissões. Dá asas, resguardo e atenção. Torna o desejo impulso certeiro. Aviva sonhos e constrói peças de realidade, pormenorizadamente, pensada, e, cuidadosamente, guardada. Amor.
Guiam-nos por roteiros desconhecidos. Existem. Nem sempre nos acompanham.Percorremos espaços, tentando encontra-los, tentando que nos encontrem... tentando desencontrá-lo, a ele, que nos despedaça a alma, e desmonta, pedaço a pedaço, o nosso tempo, o nosso espaço, o nosso ser.
Invada-nos a paz, guie-nos o amor e alcancemos a felicidade. Sejamos fortes. Desencontremo-nos do ódio sem nos perdermos de nós, para que possamos encontrar-nos num outro alguém.

sábado, 15 de março de 2008

...Presença...

Beijas-me os pensamentos.
Desvendas os trilhos que se avistam, e acalmas, com a sabedoria que te inteira, os temores que se sofrem.
Apaziguas a revolta que se expande.
Caminhas, com passos largos e seguros.
Rasgas o horizonte, desenhando a traços de resguardo as formas que te preenchem.
Rodeias serenamente a figura, corpo e alma, que a todo o tempo te pertence.
Captas, com a perícia de um ilusionista, o silêncio e quietude de que se carece.
Provocas, em quem te desenha na alma, te sente no corpo e te anseia no tempo, uma dependência que corta o folêgo...
Mas que fortalece... E engrandece.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A ti...

Toma em tua mao e prende no teu coração os momentos que atravessam esta realidade. Guarda, no teu íntimo, na vontade da tua alma os sorrisos que desvendas com a facilidade de um mágico. Revela a magia da dança que nos une no silêncio do nosso mundo. E lança-te, no mar de sonhos que definem e direccionam a nossa existência. Aqui e agora. O movimento suave que constrói tudo o que nos preenche, transporta-nos para um palco... onde danço, por entre as palmas daquele que acredita... Doce realidade que me completa, me fortalece! Conquistas cada pedaço de mim num ritual que me eleva a um local distante de uma veracidade que nos prende e nos condena. E permaneces, no tempo e espaço que ninguém, jamais, alcançará. Na rota da nossa existência somos o ar que respiramos, as palavras com que nos deliciamos e aquele sonho que, juntos, apenas juntos, vivemos.
Pra ti amor...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Força...


Fazemos os nossos sonhos percorrer o infinito para que se percam. Sonhamos o mais que podemos, e abrimos os olhos desejando nao sonhar. Dispomo-nos a arriscar por tudo o que ansiamos, mas em nada arriscamos. A normalidade da-nos segurança, e so o que passou merecia ser diferente. Quantas vezes erguemos os olhos, tentando encontrar o conforto para a nossa alma, e nao encontramos... Entao, em voz baixa murmuramos palavras intensas, fazemos promessas eternas! Quando o tempo passa nada mais fica, para além "daquele" momento que nos cortou a respiraçao... Quando os nossos olhos nao encontram o que a alma procura, e o tempo curou a dor, as palavras nao passam de memorias que se esquecem facilmente...De uma forma demasiado facil.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Chuva

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

***saudade***

Aperto contra o peito o cheiro da tua presença.
Distancia-se uma realidade que nao se controla.
Deixaram-se escapar os minutos, os segundos...
Prenderam-se as palavras no pensamento, e cortou-se o impulso...
Apenas o silencio...
Apenas o coraçao apertado e a vontade de te abraçar.... e que vontade...
Trago-te para perto de mim em pensamento, vivo com o brilho do teu olhar e o som do teu sorriso na minha mente. Esta distancia que constroi a saudade, e este tempo que nao te traz para perto de mim... Em cada pedaço de cada objecto está a tua impressao... Tudo aquilo que tu és...Essencia doce de uma ansia povoada por sonhos. Existe um vazio que nao se preenche, no espaço, e na alma... Tu és a estrela que intimida o sol, que apaixona a lua... E que alimenta a saudade... Com a distancia que se impôs, nesta realidade, sem ti, tao empobrecida...
Nao vejo o momento de te abraçar....
Com muitas saudades...

domingo, 20 de janeiro de 2008


If you ever feel like you're gonna fall - oh I'll be
there
And if you ever feel down or feel small - oh don't
despair
And if you ever feel lost or feel alone - babe c'mon
home
Let's just make love - all night
Let's just hold on - so time
Let's make it last - for life
I won't let you go
Ya we're flying - feels just like flying
We're such a long way up - from the ground
Just you and me flying - so high 'n I'm never gonna
come down

Every time you turn around and wanna run - oh come to
me
When every little dream comes undone - oh don't worry
Let's just make love - all night
Let's just hold on - so tight
Let's make it last - for life
I won't let you go
Ya we're flying so high and…
We're never gonna come down…you and me
Arrancas do meu peito as lágrimas da minha alma... com elas constróis o espaço que me afasta dos meus sonhos. Nao bastam, hoje, os sorrisos e silêncios... Agradáveis silêncios. És bondade e injustiça... Quebras o medo, e vergas os desejos...Dás felicidade... E, sem permissão, esmagas as pétalas da flor que ofereces, e retiras as asas ao anjo que criaste...Realidade...

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

O medo fica perto das ideias loucas...

domingo, 6 de janeiro de 2008

caminhas por entre a realidade que te conhece, num mundo que fechaste a sete chaves. Cerras os punhos quando a alma assim te ordena. Apagas todos os sorrisos e abafas todas as palavras ou sons que pertencem ao nosso mundo apenas. Desconhecido. Direccionas o teu olhar para o desconhecido, e percorres o infinito com a certeza de que a realidade nao se apaga ou muda jamais, nem num futuro que estruturamos... juntos. Permanece o teu olhar, o teu pensamento longe do que vivemos aqui, e agora. E o futuro que desenhamos? Parece nao ser capaz de despertar em ti a esperança ou ironia de uma tristeza, que se transformará, com toda a certeza em felicidade... Nesse futuro. Nosso.