Não lhe venhas falar da razão, não lhe cobres lógica,
Não lhe peças coerência... Ele é pura emoção.
Tem razões e motivações próprias, é movido por paixão.
Essa é a sua religião e ciência.
Não meças meus sentimentos nem tentes compará-los a nada.
Deles sei eu. Eu e os meus fantasmas, eu e os meus medos, eu e a minha alma.
Não fales de nuvens, ele é o sol e a lua.
Não contes as poças, ele é o mar, profundo e intenso.
Não exige prazos ou datas, é eterno e intemporal.
Não imponhas condições, ele é absolutamente incondicional.
Não esperes explicações, ele não as tem, apenas acontece, sem hora, local ou ordem.
Vive em cada molécula. É o todo e o uno.
Tu não o vês, mas sentes. Está tanto na minha solidão como no teu sorriso.
Vive-se por ele, morre-se por ele. Sobrevive-se em ele.
É o começo e o fim. É todo o meio.
É o nosso objectivo. Tem milhões de definições.
Todas certas, todas imperfeitas, todas lógicas apenas em motivações pessoais.
Todas correctas, todas erradas.
É tudo, e, sem ele, tudo é nada.
Sabe quando tem de morrer, sabe que sempre irá renascer.
Muda o protagonista, nunca a história. Muda de cenário, mas nunca o roteiro.
É música, ecoa e sacode. É fogo, queima e destrói. É água, afoga inuda e invade.
É tempo, sem medidas, sem marcação.
É o nosso reino, meu altar e teu trono.
Tua liberdade, minha luz.
Vela teu sono...
É... o nosso amor.